(Tiago 1:5-8)
Os destinatários da carta de Tiago estavam tendo dificuldades para orar (Tg 4:1-3; 5:1318). Qual deveria ser o teor de suas orações ao passarem pelas dificuldades enviadas por Deus? Tiago dá a resposta: pedir a Deus sabedoria.
Tiago discorre extensivamente sobre a sabedoria (Tg 1:5; 3:13-18). O povo judeu amava a sabedoria, como comprova o Livro de Provérbios. Alguém disse que conhecimento é a capacidade de desmontar coisas, enquanto sabedoria é a capacidade de montá-las. A sabedoria é o uso correto do conhecimento. Todos nós conhecemos indivíduos que não passam de tolos bem informados: têm um histórico acadêmico brilhante, mas não são capazes de tomar as decisões mais simples da vida. Certa vez, encontrei no campus do seminário um professor muito erudito usando dois chapéus!
Por que a sabedoria é necessária ao passar por tribulações? Por que não pedir força, graça ou mesmo livramento? Por um motivo: a fim de não desperdiçar as oportunidades que Deus concede de amadurecer. A sabedoria ajuda a entender como usar essas circunstâncias para nosso bem e para a glória de Deus.
Uma colega minha e excelente secretária passava por grandes provações. Ela teve um derrame, seu marido ficou cego e, posteriormente, teve de ser levado para o hospital, onde estávamos certos de que viria a falecer. Eu a vi na igreja em um domingo e lhe disse que estava orando por ela.
Para meu espanto, ela me perguntou:
- O que você está pedindo que Deus faça?
- Estou pedindo que Deus a ajude e fortaleça - respondi.
- Agradeço suas orações - disse ela mas peça mais uma coisa. Ore para que eu tenha sabedoria para não desperdiçar essa experiência toda!
Ela entendeu o significado de Tiago 1:5. Tiago não apenas explica o que pedir (sabedoria), mas também descreve como pedir. Devemos pedir com fé. Não é preciso temer, pois Deus deseja responder e não irá nos repreender! "Antes, ele dá maior graça" (Tg 4:6). Também dá cada vez mais sabedoria. O maior empecilho para as respostas a oração é a incredulidade.
Tiago compara o cristão que duvida às ondas do mar, com seus altos e baixos. Durante umas férias no Havaí, descobri que não se pode confiar nas ondas. Estava sentado em uma pedra à beira-mar observando as ondas e aproveitando o sol. Ouvi um barulho atrás de mim, me virei para ver quem estava chegando e, no mesmo instante, uma grande onde me encharcou! Nunca dê as costas para as ondas, pois elas são inconstantes.
Assim é o "homem de ânimo dobre". A fé diz "sim!", mas a incredulidade diz "não!" Então, vem a dúvida e diz "sim!" em um instante e, logo depois, diz "não!" Foi a dúvida que fez Pedro afundar nas ondas, quando caminhava em direção a Jesus {Mt 14:22-33). Jesus lhe perguntou: "Homem de pequena fé, por que duvidaste?" Quando Pedro começou a caminhar pela fé, manteve os olhos fixos em Cristo. Mas quando se distraiu com o vento e com as ondas, deixou de andar pela fé e começou a afundar. Deixou-se levar por um ânimo dobre e quase morreu afogado.
Muitos cristãos vivem como rolhas, subindo e descendo com as ondas, indo para frente e para trás. Esse tipo de experiência indica imaturidade. Paulo usa uma ideia parecida em Efésios 4:14 - "para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro". Se tivermos um coração que não duvida e que não se mostra dividido, poderemos pedir com fé, e Deus nos dará a sabedoria de que precisamos. A instabilidade e a imaturidade andam juntas.
Tiago encerra esta seção com uma bem- aventurança: "Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação" (Tg 1:12). Começa (Tg 1:2) e termina com alegria. A perspectiva determina o resultado. Essa bem-aventurança é um grande estímulo, pois promete uma coroa para os que suportarem as tribulações com paciência. Em suas cartas, Paulo usava com freqüência ilustrações esportivas, e Tiago faz o mesmo aqui. Não diz que o pecador é salvo ao suportar as tribulações, mas sim que o cristão é recompensado ao perseverar em meio às provações.
De que maneira ele é recompensado? Em primeiro lugar, pelo crescimento em caráter cristão, mais importante do que qualquer outra coisa. Também é recompensado ao glorificar a Deus e receber a coroa da vida quando Jesus Cristo voltar. Primeiro a cruz, depois a coroa. Primeiro o sofrimento, depois a glória. Deus não nos ajuda removendo as provações, mas sim fazendo com que elas trabalhem em nosso favor. Satanás deseja usá-las para nos destruir, mas Deus as emprega para nos edificar.
Em Tiago 1:12, Tiago usa uma palavra extremamente importante: amor. Seria de se esperar que escrevesse: "receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que confiam nele" ou "que lhe obedecem". Por que ele fala do amor. Porque o amor é a motivação espiritual por trás de todos os imperativos desta seção.
Por que ter uma atitude alegre ao enfrentar tribulações? Porque amamos a Deus e ele nos ama, portanto não fará coisa alguma para nos prejudicar. Por que temos uma mente esclarecida? Porque Deus nos ama e compartilhou conosco sua verdade, e nós retribuímos esse amor. Por que temos uma volição submissa? Porque amamos a Deus. Onde há amor, há submissão e obediência. Por que temos um coração confiante? Porque o amor e a fé andam juntos. Quando amamos alguém, confiamos nessa pessoa e não hesitamos em pedir sua ajuda.
O amor é a força espiritual por trás dos imperativos que Tiago apresenta. Quem ama a Deus não tem dificuldade em considerar, saber, deixar e pedir. No entanto, há outro fator envolvido: o amor nos mantém fiéis ao Senhor. A pessoa de ânimo dobre (Tg 1:8) é como o marido ou a esposa infiel: quer amar tanto a Deus quanto ao mundo. Tiago admoesta: "Vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração" (Tg 4:8). O termo grego traduzido por "limpai" significa, literalmente, "tornai casto". A imagem é a de um amante infiel.
Voltemos à questão do desmame. A criança que ama sua mãe e que está certa de que é amada por ela será capaz de passar por essa fase e de começar a crescer. O cristão que ama a Deus e que sabe que é amado por ele não se desintegra quando Deus permite que venham as tribulações. Ele está seguro no amor de Deus. Não tem ânimo dobre, não tenta amar tanto a Deus quanto ao mundo. Ló era um homem de ânimo dobre; quando sobrevieram as tribulações, ele fracassou terrivelmente. Abraão era amigo de Deus; amava a Deus e confiava nele. Quando sobrevieram as tribulações, triunfou e amadureceu na fé.
O propósito de Deus nas tribulações é a maturidade. "Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes." Ou, como diz claramente a tradução de Charles B. Williams: "Mas vocês devem permitir que a sua perseverança chegue ao seu resultado perfeito para que vocês possam ser plenamente desenvolvidos e perfeitamente equipados".
Se é isso o que desejamos, por amor a Cristo devemos considerar, saber, deixar e pedir.
Os destinatários da carta de Tiago estavam tendo dificuldades para orar (Tg 4:1-3; 5:1318). Qual deveria ser o teor de suas orações ao passarem pelas dificuldades enviadas por Deus? Tiago dá a resposta: pedir a Deus sabedoria.
Tiago discorre extensivamente sobre a sabedoria (Tg 1:5; 3:13-18). O povo judeu amava a sabedoria, como comprova o Livro de Provérbios. Alguém disse que conhecimento é a capacidade de desmontar coisas, enquanto sabedoria é a capacidade de montá-las. A sabedoria é o uso correto do conhecimento. Todos nós conhecemos indivíduos que não passam de tolos bem informados: têm um histórico acadêmico brilhante, mas não são capazes de tomar as decisões mais simples da vida. Certa vez, encontrei no campus do seminário um professor muito erudito usando dois chapéus!
Por que a sabedoria é necessária ao passar por tribulações? Por que não pedir força, graça ou mesmo livramento? Por um motivo: a fim de não desperdiçar as oportunidades que Deus concede de amadurecer. A sabedoria ajuda a entender como usar essas circunstâncias para nosso bem e para a glória de Deus.
Uma colega minha e excelente secretária passava por grandes provações. Ela teve um derrame, seu marido ficou cego e, posteriormente, teve de ser levado para o hospital, onde estávamos certos de que viria a falecer. Eu a vi na igreja em um domingo e lhe disse que estava orando por ela.
Para meu espanto, ela me perguntou:
- O que você está pedindo que Deus faça?
- Estou pedindo que Deus a ajude e fortaleça - respondi.
- Agradeço suas orações - disse ela mas peça mais uma coisa. Ore para que eu tenha sabedoria para não desperdiçar essa experiência toda!
Ela entendeu o significado de Tiago 1:5. Tiago não apenas explica o que pedir (sabedoria), mas também descreve como pedir. Devemos pedir com fé. Não é preciso temer, pois Deus deseja responder e não irá nos repreender! "Antes, ele dá maior graça" (Tg 4:6). Também dá cada vez mais sabedoria. O maior empecilho para as respostas a oração é a incredulidade.
Tiago compara o cristão que duvida às ondas do mar, com seus altos e baixos. Durante umas férias no Havaí, descobri que não se pode confiar nas ondas. Estava sentado em uma pedra à beira-mar observando as ondas e aproveitando o sol. Ouvi um barulho atrás de mim, me virei para ver quem estava chegando e, no mesmo instante, uma grande onde me encharcou! Nunca dê as costas para as ondas, pois elas são inconstantes.
Assim é o "homem de ânimo dobre". A fé diz "sim!", mas a incredulidade diz "não!" Então, vem a dúvida e diz "sim!" em um instante e, logo depois, diz "não!" Foi a dúvida que fez Pedro afundar nas ondas, quando caminhava em direção a Jesus {Mt 14:22-33). Jesus lhe perguntou: "Homem de pequena fé, por que duvidaste?" Quando Pedro começou a caminhar pela fé, manteve os olhos fixos em Cristo. Mas quando se distraiu com o vento e com as ondas, deixou de andar pela fé e começou a afundar. Deixou-se levar por um ânimo dobre e quase morreu afogado.
Muitos cristãos vivem como rolhas, subindo e descendo com as ondas, indo para frente e para trás. Esse tipo de experiência indica imaturidade. Paulo usa uma ideia parecida em Efésios 4:14 - "para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro". Se tivermos um coração que não duvida e que não se mostra dividido, poderemos pedir com fé, e Deus nos dará a sabedoria de que precisamos. A instabilidade e a imaturidade andam juntas.
Tiago encerra esta seção com uma bem- aventurança: "Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação" (Tg 1:12). Começa (Tg 1:2) e termina com alegria. A perspectiva determina o resultado. Essa bem-aventurança é um grande estímulo, pois promete uma coroa para os que suportarem as tribulações com paciência. Em suas cartas, Paulo usava com freqüência ilustrações esportivas, e Tiago faz o mesmo aqui. Não diz que o pecador é salvo ao suportar as tribulações, mas sim que o cristão é recompensado ao perseverar em meio às provações.
De que maneira ele é recompensado? Em primeiro lugar, pelo crescimento em caráter cristão, mais importante do que qualquer outra coisa. Também é recompensado ao glorificar a Deus e receber a coroa da vida quando Jesus Cristo voltar. Primeiro a cruz, depois a coroa. Primeiro o sofrimento, depois a glória. Deus não nos ajuda removendo as provações, mas sim fazendo com que elas trabalhem em nosso favor. Satanás deseja usá-las para nos destruir, mas Deus as emprega para nos edificar.
Em Tiago 1:12, Tiago usa uma palavra extremamente importante: amor. Seria de se esperar que escrevesse: "receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que confiam nele" ou "que lhe obedecem". Por que ele fala do amor. Porque o amor é a motivação espiritual por trás de todos os imperativos desta seção.
Por que ter uma atitude alegre ao enfrentar tribulações? Porque amamos a Deus e ele nos ama, portanto não fará coisa alguma para nos prejudicar. Por que temos uma mente esclarecida? Porque Deus nos ama e compartilhou conosco sua verdade, e nós retribuímos esse amor. Por que temos uma volição submissa? Porque amamos a Deus. Onde há amor, há submissão e obediência. Por que temos um coração confiante? Porque o amor e a fé andam juntos. Quando amamos alguém, confiamos nessa pessoa e não hesitamos em pedir sua ajuda.
O amor é a força espiritual por trás dos imperativos que Tiago apresenta. Quem ama a Deus não tem dificuldade em considerar, saber, deixar e pedir. No entanto, há outro fator envolvido: o amor nos mantém fiéis ao Senhor. A pessoa de ânimo dobre (Tg 1:8) é como o marido ou a esposa infiel: quer amar tanto a Deus quanto ao mundo. Tiago admoesta: "Vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração" (Tg 4:8). O termo grego traduzido por "limpai" significa, literalmente, "tornai casto". A imagem é a de um amante infiel.
Voltemos à questão do desmame. A criança que ama sua mãe e que está certa de que é amada por ela será capaz de passar por essa fase e de começar a crescer. O cristão que ama a Deus e que sabe que é amado por ele não se desintegra quando Deus permite que venham as tribulações. Ele está seguro no amor de Deus. Não tem ânimo dobre, não tenta amar tanto a Deus quanto ao mundo. Ló era um homem de ânimo dobre; quando sobrevieram as tribulações, ele fracassou terrivelmente. Abraão era amigo de Deus; amava a Deus e confiava nele. Quando sobrevieram as tribulações, triunfou e amadureceu na fé.
O propósito de Deus nas tribulações é a maturidade. "Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes." Ou, como diz claramente a tradução de Charles B. Williams: "Mas vocês devem permitir que a sua perseverança chegue ao seu resultado perfeito para que vocês possam ser plenamente desenvolvidos e perfeitamente equipados".
Se é isso o que desejamos, por amor a Cristo devemos considerar, saber, deixar e pedir.
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