“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28-29).
Os judeus do tempo de Jesus (com exceção da pequena seita dos saduceus) acreditavam na ressurreição e na vida depois da morte. Por esta razão Marta pôde dizer a Jesus de seu falecido irmão Lázaro: “Eu sei... que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” (João 11.24). Como todos os judeus, ela tinha aprendido esta doutrina desde a infância. Mas os judeus acreditavam que somente Deus podia ressuscitar os mortos. Nesta passagem, Jesus alega que Ele é quem ressuscita os mortos.
Permita-me fazer-lhe uma pergunta: alguma vez você tentou ressuscitar os mortos? Certamente que não. Nós, humanos, nunca admitimos tal autoridade e poder. Muitas vezes como ministro do evangelho desejei ter poder para ressuscitar algumas pessoas como aquele jovem pai que deixou esposa e três filhas... ou aquele lindo bebê... ou aquele jovem levado no auge de sua vida. Mas, francamente, embora eu pudesse ansiar por esse poder, nunca fui sequer tentado a praticar esta ação. Por que não? Porque somente Deus pode ressuscitar os mortos! E este é o ensino de Jesus.
As Escrituras relatam quatro casos de ressurreição de mortos realizados por dois profetas (Elias e Eliseu) e por dois apóstolos (Paulo e Pedro). Mas em cada ocasião eles esclareceram que foi Deus quem os usou para realizar o milagre. Jesus ressuscitou um homem por seu próprio poder e foi o único que ressuscitou alguém morto há quatro dias. O que também não deve passar desapercebido é que Jesus não somente ressuscitou três pessoas, mas garantiu que ressuscitaria tanto os justos como os injustos no dia do juízo. Seus ouvintes estavam perfeitamente familiarizados com a profecia de Daniel de que haveria dois tipos de ressurreição no final dos tempos: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2). Em João 5.29, Jesus está nitidamente afirmando ser aquele que realiza essas ressurreições. Tal afirmação podia ser feita somente por Deus ou por alguém desequilibrado mental. E uma vez que sua vida, ensinos e ministério não indicam nenhum distúrbio mental, e sim, como veremos, manifestam muitas características divinas, somos forçados a concluir que Ele era realmente o unigênito “Filho de Deus” em forma humana.
O fato de Jesus ter demonstrado poder para ressuscitar três pessoas mortas durante seu ministério (fez isso quando esteve em funerais) e levantar-se de seu túmulo ao terceiro dia, lançando os fundamentos da religião que leva seu nome, coloca diante de toda a humanidade uma pergunta essencial: “Quem possui vida em si mesmo e poder para ressuscitar os mortos?” Resposta: “Somente Deus!”
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