(Romanos 3:21 - 4:25)
O tema de Paulo na segunda seção de sua carta é a salvação - a declaração da justiça. Na seção anterior, provou que todos os homens são pecadores; em seguida, explicará como os pecadores podem ser salvos. O termo técnico teológico para salvação é justificação pela fé. A justificação é o ato de Deus pelo qual declara o pecador que crê como sendo justo em Cristo com base na obra consumada de Cristo na cruz. Cada uma das partes dessa definição é importante, de modo que devemos considerá- las com cuidado.
Em primeiro lugar, a justificação é um ato, não um processo. Não há níveis de justificação; todo o que crê encontra-se na mesma posição justificada diante de Deus. Além disso, a justificação é realizada por Deus, não pelo homem. Nenhum pecador é capaz de justificar-se diante de Deus. O mais importante, porém, é que a justificação não significa que Deus nos torna justos, mas que nos declara justos. A justificação é uma questão legal. Deus coloca a justiça de Cristo em nosso registro no lugar de nossa pecaminosidade, e ninguém pode mudar esse registro.
É importante não confundir justificação com santificação. A santificação é o processo pelo qual Deus torna o cristão cada vez mais semelhante a Cristo. A santificação pode mudar a cada dia, enquanto a justificação nunca muda. Quando o pecador crê em Jesus Cristo, Deus o declara justo, e essa declaração jamais será revogada. Deus nos vê e nos trata como se jamais tivéssemos pecado!
Mas, como o Deus santo pode declarar justos os pecadores? A justificação é apenas um "conceito fictício" sem qualquer fundamento real? Nesta seção de Romanos, Paulo responde a essas perguntas de duas maneiras. Em primeiro lugar, explica a justificação pela fé (Rm 3:21-31); depois, ilustra a justificação pela fé usando a vida de Abraão (Rm 4:1-25).
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