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sábado, 18 de junho de 2016

COMENTÁRIO EXPOSITIVO: ROMANOS 12:1, 2 - NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS

NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS

(Romanos 12:1, 2)

Esta é a quarta conjunção da Epístola aos Romanos. Em Romanos 3:20, é o "visto que" causal da condenação, declarando que o mundo todo é culpado diante de Deus. Em Romanos 5:1 é o "pois" conclusivo da justificação e Romanos 8:1 é o "pois" conclusivo da garantia. Em Romanos 12:1, encontramos o "pois" conclusivo da consagração, e essa consagração é a base para os outros relacionamentos dos quais Paulo trata nesta seção.

O que é a verdadeira consagração? Conforme a descrição de Paulo neste capítulo, a consagração cristã envolve três passos.


Entregar o corpo a Deus (v. 1). Antes de crer em Cristo, usávamos o corpo para prazeres e propósitos pecaminosos; agora que pertencemos ao Senhor, usamos o corpo para sua glória. O corpo do cristão é o templo de Deus (1 Co 6:19, 20), pois o Espírito de Deus habita nele (Rm 8:9). É nosso privilégio glorificar e engrandecer a Cristo com nosso corpo (Fp 1:20, 21).

Assim como Jesus Cristo precisou ter um corpo para realizar a vontade de Deus na Terra, também devemos entregar o corpo a Cristo para que possa continuar a obra de Deus por meio de nós. Devemos entregar os membros de nosso corpo como "instrumentos de justiça" (Rm 6:13) para o Espírito Santo realizar a obra de Deus. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram sacrifícios mortos, mas devemos ser sacrifícios vivos.

Há dois "sacrifícios vivos" na Bíblia que ajudam a entender o verdadeiro significado desse conceito. O primeiro é Isaque (Gn 22); o segundo é nosso Senhor Jesus Cristo. Isaque colocou-se voluntariamente no altar e se mostrou disposto a morrer em obediência à vontade de Deus, mas o Senhor enviou o cordeiro que tomou seu lugar. Ainda assim, Isaque "morreu" para si mesmo e se entregou prontamente à vontade de Deus. Quando saiu do altar, Isaque era um "sacrifício vivo" para a glória de Deus.

É evidente que o Senhor Jesus Cristo é a ilustração perfeita de um "sacrifício vivo", pois, na verdade, morreu como sacrifício em obediência à vontade do Pai. No entanto, ressuscitou e hoje está no céu como "sacrifício vivo", levando ainda em seu corpo as marcas do Calvário. Ele é nosso Sumo Sacerdote (Hb 4:14-16) e nosso Advogado (1 Jo 2:1) diante do trono de Deus.

O termo "apresentar", neste versículo, significa "apresentar-se de uma vez por todas". Ordena uma entrega definitiva do corpo ao Senhor, como os noivos se entregam um ao outro na cerimônia de casamento. É essa entrega definitiva que determina o que fazem com o corpo. Paulo apresenta dois motivos para essa consagração: (1) é a atitude certa diante de tudo o que Deus fez por nós - "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus (ênfase do autor); (2) essa entrega é nosso "culto racional" ou nossa "adoração espiritual", o que significa que, quando consagramos nosso corpo ao Senhor, cada dia é uma experiência de adoração.

Entregara mente a Deus (v. 2a). O mundo quer controlar nossa mente, mas Deus quer transformá-la (ver Ef 4:1 7-24; Cl 3:1-11). O termo traduzido aqui por transformar é o mesmo traduzido por transfigurar em Mateus 1 7:2. Em nossa língua, equivale à palavra "metamorfose". Descreve uma mudança que ocorre de dentro para fora. O mundo deseja mudar nossa mente e, para isso, exerce pressão externa. Mas o Espírito Santo transforma nossa mente, liberando poder interior. Se o mundo controla nossa maneira de pensar, somos conformados, mas se Deus controla nossa maneira de pensar, somos transformados.

Deus transforma nossa mente e a focaliza nas coisas espirituais usando sua Palavra. Ao passar tempo meditando sobre a Palavra de Deus, memorizando-a e assimilando- a em nosso ser interior, aos poucos, Deus torna nossa mente cada vez mais espiritual (ver 2 Co 3:18).

Entregar a volição a Deus (v. 2b). A mente controla o corpo e a volição controla a mente. Muitas pessoas acreditam que podem controlar a volição pela "força de vontade", mas normalmente não são bem- sucedidas. (Essa é a experiência que Paulo relata em Rm 7:15-21.) Somente quando entregamos nossa volição a Deus é que seu poder assume o controle e nos dá a força de vontade de que precisamos para ser cristãos vitoriosos.

Entregamos nossos desejos a Deus pela oração disciplinada. Ao passarmos tempo em oração, entregamos a Deus nossa volição e oramos como Jesus Cristo: "Faça-se a tua vontade, e não a minha". Devemos orar sobre todas as coisas e permitir que Deus faça o lhe aprouver em todas as coisas.

Há muitos anos, tenho tentado começar cada dia entregando meu corpo ao Senhor. Em seguida, dedico algum tempo com sua Palavra e deixo que transforme a minha mente e prepare meus pensamentos para o novo dia. Em seguida, entrego os planos para aquele dia nas mãos dele e deixo que o Senhor faça o que for melhor. Oro especialmente por aquelas tarefas que me perturbam ou que me deixam preocupado - e o Senhor sempre me ajuda a completá-las. Para termos um relacionamento correto com Deus, devemos começar o dia entregando- lhe o corpo, a mente e os desejos.

Autoria: Warren W. Wiersbe
Livro: Comentário Bíblico expositivo Novo Testamento.

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