Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. Muitos afluíram para ali tantos que nem mesmo junto aporta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra.
Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o e irado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: "Filho, os teus pecados estão perdoados."
Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seus corações: ―Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?‖E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: "Porque arrazoais sobre estas coisas em vossos corações? Qual é mais fácil, dizer ao paralítico: 'Estão perdoados os teus pecados', ou dizer: 'Levanta-te, toma o teu leito, e anda?' Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados" — disse ao paralítico: "Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa." (Mc 2.1-11)
Jesus usou este dramático incidente para ensinar as pessoas de sua época que Ele tinha o poder de perdoar pecados. Nenhuma testemunha pode verificar o perdão de pecados, mas pode identificar a mão sobrenatural de Deus para curar um paralítico. Neste episódio Jesus associou ambas as virtudes. Este milagre é, pois, um eloqüente sinal da divindade de Jesus. As pessoas sabiam desde o início que Jesus tinha o poder de fazer milagres; até seus inimigos sabiam disso. O que
Jesus queria que compreendessem é que Ele estava mais interessado no relacionamento espiritual deles com Deus, e ter os pecados perdoados era parte essencial da restauração desse relacionamento. Ele era, naturalmente, a chave, pois somente por meio dele eles podiam obter a remissão de seus pecados.
Muitos que ouviram suas palavras creram nele e tiveram seus pecados perdoados, porém a maioria dos líderes religiosos fez dura oposição a Ele, atribuindo seu poder ao Diabo. Não obstante, mesmo contra sua vontade, eles tiveram de admitir que Jesus tinha um poder sobrenatural. O que eles rejeitavam era o fato de seu poder incluir a remoção do pecado, resultando em perdão. Muitas pessoas ainda tropeçam nesta verdade. Rejeitam Jesus porque não conseguem aceitar que Ele seja o único meio de se chegar a Deus e a única esperança de ter seus pecados perdoados. Tropeçam na “pedra de tropeço”, exatamente como muitos o fizeram há dois mil anos.
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